Seu Verso
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Alguns contos

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Mensagem por Bruno Ter Dez 22, 2015 2:43 pm

Mais frutos das minhas horas sem internet. Fui fazendo sem nem pensar e seguindo padrões estranhos para ver no que dava.

O último soar da flauta

E no ato pegou sua flauta. E o peito estufou prontamente. Junto dele, outros tantos. Cada qual com seu instrumento. Tocaram e cantaram, cantaram e tocaram alegremente. E ao cair da noite, enfim pararam de tocar.
E de repente, no meio da noite. O zumbido dos motores, o medo nas ruas. As ruas encheram-se de medo, e soldados que se embrenhavam entre os medos. E os motores, no céu. As asas, as metralhadoras.
E no ato, com sua flauta. Olhou ao horizonte, aos motores, aos medos e aos soldados. Tocou outra de suas canções. O medo alegrou-se, os motores pararam de zumbir, os soldados alegraram-se também, engrenhados entre os, agora, alegres.
E de repente, do alto da colina, uma voz estridente. Rompeu os céus e logo perdeu força. Era uma voz belíssima, mas era, acima de tudo, maligna. E grunhiu, e grunhiu. Fez cair os aviões, fez chorar os soldados. Alimentou-se dos alegres.
E no ato, não... Não estava mais com a sua flauta. Se desfizera entre os berros malignos. Pelo bem de todos, pôs-se ao chão, de joelhos. Com seus olhos tristes, e boca pequena. Cantou uma canção. A voz rouca, logo falhou.
E de repente, num ato de misericórdia, pôs fim ao seu sofrimento. E até hoje, em seu túmulo. Há uma flauta que canta e canta, rumando ao vento. Mas não canta mais na pequena vila. Há muito pelo maligno, já destruída.

O relógio da viúva
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Do verso do mar
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Bruno
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